Sespa cria aplicativo sobre manejo clínico de acidentes com animais peçonhentos

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* DISPONÍVEL APENAS PARA PLATAFORMA ANDROID

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Centro de Informações Toxicológicas (CIT-Belém) vão lançar, nesta segunda-feira 26, às 10h, no auditório do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), o Aplicativo Móvel para smartphone sobre Manejo Clínico de Acidentes por Animais Peçonhentos.

O programa foi desenvolvido pela equipe do Núcleo de Tecnologia da Informação e Informática em Saúde (NTIIS) da Sespa e tem o objetivo de facilitar o acesso dos profissionais de saúde às orientações para o atendimento adequado e imediato às vítimas em casos de acidentes com animais peçonhentos, uma vez que o conteúdo completo pode ser baixado para o celular e ficar sempre disponível ao profissional em qualquer parte do mundo.

O CIT-Belém funciona no 5º andar do Hospital Barros Barreto, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, e tem a finalidade de prestar informações e orientações aos profissionais da área de saúde e ao público em geral, 24 horas, via telefone, para o atendimento de pessoas ou animais intoxicados por plantas, drogas, produtos químicos ou animais de peçonha.

O projeto de criação do aplicativo foi apresentado pelo coordenador do CIT-Belém, Pedro Pardal, ao secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, a quem pediu patrocínio da Sespa para viabilizar a iniciativa. A consolidação do sistema exigia um investimento de R$ 18 mil, que só poderia ser adqurido junto a uma empresa de tecnologia. O titular da Sespa decidiu, então,encaminhar o projeto ao NTIIS, cuja equipe concluiu que os próprios profissionais do Núcleo poderiam realizar o trabalho sem nenhum ônus financeiro para a Sespa.

Segundo o coordenador do Núcleo, Marcos Oliveira Silva, o aplicativo foi desenvolvido pelos analistas de sistema Ivo César Alencar e Luiz Fernando Covre, que, utilizando tecnologia de codificação web, adaptaram o conteúdo sobre Manejo Clínico de Acidentes por Animais Peçonhentos para a linguagem de internet, permitindo que ele possa ser baixado para smartphones e acessado em qualquer lugar do mundo. Por enquanto, o aplicativo está disponível no site da Sespa e só pode ser baixado do Google Play para smartphones que dispõem de sistema Android. No entanto, conforme Marcos, a Sespa já está solicitando licença para que o aplicativo também possa ser baixado para Iphones.

A partir dessa experiência, o NTIIS deu imediato andamento a outros aplicativos importantes e já está concluindo um sobre DST/Aids, Dengue e Sífilis, e mais adiante um sobre leishmaniose.

Epidemiologia – Os acidentes por animais peçonhentos são um problema de saúde pública e o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e redução de possíveis sequelas.De acordo com o coordenador estadual de Zoonoses, Reynaldo Lima, em 2012 foram notificados 7.404 acidentes por animais peçonhentos no Pará, sendo 4.839 (65,36%) por serpentes, 1,821 (24,59%) por escorpiões, 342 (4,62%) por aranhas, 83 (1,12%) por abelhas, 24 (0,32%) por lagartas e 238 (3,21%) por outros animais.

Já em 2013, até o momento foram notificados 4.119 acidentes por animais peçonhentos, sendo 2.889 (70,14%) por serpentes, 867 (21,05% ) por escorpiões, 175 (4,25%) por aranhas, 66 (1,60%) por abelhas, 15 (0,36%) por lagartas e 81 (1,97%) por outros animais peçonhentos.Conforme Reynaldo, devido à disposição geográfica do Pará, os acidentes provocados por animais peçonhentos ocorrem em todo território paraense, porém com maior frequência na região do Marajó e oeste do Estado.

Ele informou, ainda, que a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais para fazer o atendimento ainda é a identificação dos animais responsáveis pelos acidentes, já que os soros estão disponíveis em todos os seus hospitais municipais e unidades de saúde do estado. Por isso, em caso de acidente a principal orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e procurar dar o profissional de saúde a identificação exata do animal.

Sobre o aplicativo, Reynaldo disse que com certeza ele vai facilitar aos profissionais de saúde o acesso às informações gerais sobre manejo clínico de pacientes acometidos por esse tipo de acidente. “A parceria com a Sespa é muito importante para o CIT-Belém porque quanto mais informação chegar aos profissionais de saúde, melhor será o atendimento e, consequentemente, melhores serão os resultados”.

Serviço: O CIT funciona 24h e atende pelos fones 0800 722 6001 / 324-96370 / 3259-3748 ou pelo sitehttps://citpabelem.webnode.com/. O aplicativo pode ser baixado do site da Sespa (www.saude.pa.gov.br) ou pelo Google Play.