Escorpiões

Os escorpiões são animais de corpo alongado que possuem quatro pares de pernas, um par de pinças no pedipalpo e apresentam um ferrão com glândulas de veneno na ponta da cauda articulada.

Os escorpiões ocorrem em todos os ecossistemas terrestres, com exceção da tundra, taiga de alta latitude, áreas boreais e em algumas áreas de elevada altitude. Já foram registrados a mais de 5.500 m de altitude (Andes peruanos), dentro de cavernas sem luz, sob pedras cobertas de neve e dos desertos mais áridos até as florestas mais úmidas.

Os escorpiões alimentam-se principalmente de insetos e aranhas. Pequenos vertebrados também são bem aceitos. O canibalismo pode ocorrer em consequência da competição pelo espaço e é frequentemente observado em cativeiro, quando o alimento é pouco e o espaço também.

Quando se sentem perturbados, podem inocular sua peçonha provocando um acidente com facilidade, causando muita dor, e podendo provocar até a morte em crianças e pessoas debilitadas. A peçonha tem ação neurotóxica, ou seja, age sobre o sistema nervoso. O tratamento da picada é sintomático e pode ser feito utilizando-se soro antiescorpiônico. As principais espécies que provocam acidentes no Brasil são:

Tityus obscurus

São escorpiões com cerca de 9 cm de comprimento, quando adultos seu corpo é completamente negro, os machos possuem os pedipalpos mais finos e longos do que nas fêmeas. É causador de muitos acidentes na Região Norte.

Tityus metuendus

Espécie de escorpião da Amazônia Paraense e também está envolvido com alguns casos de acidentes graves na Região Norte. Pode chegar a 9 cm de comprimento, possui corpo negro com os pedipalpos avermelhados, os machos, ao contrário do Tobscurus, apresentam as mãos dos pedipalpos bastante globosas.

Tityus silvestris

É uma espécie de escorpião de pequeno porte, podendo chegar a 4,5 cm na fase adulta sendo comum em toda Região Amazônica. Tem o corpo amarelado com manchas escuras espalhadas por todo o corpo, com a parte final da cauda e o télson escuro, podem ser confundidos com os filhotes de T. obscurus pela semelhança na coloração. 

Tityus bahiensis

Mede em média 6 cm de comprimento, tem coloração escura e pernas marrons. A espécie é responsável, no Brasil, pelo maior número de casos de acidentes escorpiônicos em áreas rurais.

Tityus serrulatus

Possui as pernas e cauda na cor amarelo-claro, e o tronco escuro. A denominação da espécie e devida a presença de uma serrilha nos 3º e 4º segmentos da cauda. Mede cerca de 7 cm de comprimento. Sua reprodução e partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em media, 20 filhotes cada, por ano, chegando a 160 filhotes durante a vida. Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil.

Tityus stigmurus

Tem coloração amarelada, para se confundir com o solo arenoso das regiões áridas em que habita. É facilmente identificado por possuir um triangulo de coloração negra sobre o cefalotórax, acompanhado de uma faixa, de coloração também escura, ao longo do corpo.